No início do ano, o Assiste Brasil elaborou uma lista com 20 filmes brasileiros para assistir no cinema em 2016. Agora, trazemos para vocês uma seleção dos 10 melhores filmes nacionais que estrearam este ano no circuito comercial. Confira:

10 – Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert

Inspirado no caso Pedrinho, o filme de Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?) conta a história de Pierre (Naomi Nero), um adolescente que descobre que foi roubado da maternidade quando a polícia prende aquela que reconhece como sua mãe. Ele descobre uma nova família que o chama insistentemente de Felipe. Nessa nova realidade, o rapaz vive momentos de descoberta e reafirmação de sua identidade. O filme foi premiado na mostra paralela do Festival de Berlim voltada para a temática LGBTQ+. Leia mais sobre Mãe Só Há Uma

9 – BR 716, de Domingos Oliveira

O aspirante a escritor Felipe (Caio Blat) vive ao lado de seus amigos momentos de liberdade em meio a um conturbado momento político. A boemia carioca que se encerra com o Golpe de 64 é o eixo principal desta fábula que acontece na famosa rua Barata Ribeiro, em Copacabana.

8 –  Campo Grande, de Sandra Kogut

Rayane (Rayane do Amaral), uma menina de cinco anos, e seu irmão mais novo, Ygor (Ygor Manoel), são deixados em frente à portaria de um prédio em Ipanema. A garota explica a Regina (Carla Ribas), a dona da casa, que a mãe os deixou ali e pediu para que esperassem por seu retorno. No entanto, não é exatamente isso que acontece ao final do dia. O filme de Sandra Kogut levou o prêmio de Melhor Montagem no Festival do Rio 2015 e participou da Seleção Oficial do Festival de Toronto, na Mostra Cinema Contemporâneo Mundial.

7 – Big Jato, de Claudio Assis 

A adaptação do romance homônimo de Xico Sá se passa em uma pequena cidade do interior do Nordeste. Francisco Filho (Rafael Nicácio) acompanha seu pai (Matheus Nachtergaele) no Big Jato, um caminhão-pipa utilizado para limpar as fossas do local sem saneamento básico. O garoto, entretanto, está mais interessado nas ideias do tio Nelson (Matheus Nachtergaele), um artista libertário e anarquista. À medida que vive seu primeiro amor, Chico percebe a vocação para se tornar um poeta.

6 – Mate-me, Por Favor, de Anita Rocha Silveira

Na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a rotina de Bia (Valentina Herszage), uma jovem de 15 anos, e de João (Bernardo Marinho), seu irmão de 25 anos de idade, é alterada por uma série de assassinatos sombrios. Este caso acaba ilustrando alguns dos principais problemas enfrentados pela juventude atual. Leia mais sobre Mate-me, Por Favor.

5 – Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba

Após a perda de sua esposa, Fernando (Fernando Alves Pinto) se torna um homem quieto e introspectivo que cuida de seu filho Daniel. Certo dia, descobre uma fita que mudará sua vida e o fará repensar sobre seu passado. O thriller foi selecionado para o Festival de San Sebastian, Festival Internacional del Cine de Mar del Plata, Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, Hollywood Brazilian Film Festival e outros quinze festivais nacionais e internacionais.

4 –  Menino 23, de Belisário Franca

O filme parte da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo. O historiador Sidney Aguilar, que investiga o caso, descobre que durante os anos 1930, cinquenta meninos negros foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para trabalhar como escravos naquela fazenda. Lá, passaram a ser identificados por números e viviam submissos a uma família que fazia parte da elite política e econômica do país. Menino 23 resgata o depoimento de sobreviventes dessa tragédia: Aloísio Silva (o “menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida (o “Dois”). O documentário foi o indicado brasileiro ao Oscar 2017, mas ficou de fora da lista dos pré-selecionados.

3 – Cinema Novo, de Eryk Rocha

Cinema Novo foi premiado no Festival de Cannes 2016 com o Olho de Ouro de melhor documentário. O júri indicou que “Cinema Novo é um filme-manifesto sobre a vigência de um movimento cinematográfico quase esquecido dos anos 1960”. O documentário abriu o Festival de Brasília de 2016.

2 – Boi Neon, de Gabriel Mascaro

 

Selecionado para mais de 50 festivais do Brasil e do mundo, o filme de Gabriel Mascaro foi um dos brasileiros mais premiados do ano. O longa recebeu a menção honrosa no Festival de Toronto e o prêmio especial no Festival de Veneza. Além disso, o diretor recebeu das mãos de Francis Ford Coppola o prêmio de melhor diretor no Festival de Marrakech. Boi Neon revela os bastidores das vaquejadas, acompanhando a rotina de uma família nada tradicional. Leia mais sobre Boi Neon. 

1 – Aquarius, de Kleber Mendonça Filho

O filme brasileiro do ano fez com que o mundo olhasse para a realidade de nosso País. Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, tornou-se um marco para a história do cinema nacional. O filme concorreu ao Palma de Ouro no Festival de Cannes 2016 e apareceu em destaque em listas de melhores do ano de diversos veículos internacionais, como a Cahiers du Cinéma e o The New York Times. Sonia Braga dá vida a Clara, última moradora do edifício Aquarius que enfrenta as investidas de uma empreiteira que deseja construir um novo empreendimento no local. Leia mais sobre Aquarius