Após trazer o machismo e o feminicídio no primeiro episódio e o abuso de poder e impunidade na sequência, a terceira história aborda um tema não menos complexo e real: o racismo. Depois de conhecer a história de Vicente (Jesuíta Barbosa) e Fátima (Adriana Esteves), o público irá conhecer o destino de Rose (Jéssica Ellen).
Filha de empregada doméstica e negra, Rose comemora sua aprovação no curso de Jornalismo em uma universidade pública. Sua mãe, que mora com a filha na casa da “patroa”, não esconde a emoção e orgulho por ver sua filha escrever um futuro bem diferente do seu e de seus antepassados.
No entanto, uma reviravolta irá mudar todo o futuro de Rose. Em um luau na praia, ela é escolhida pela polícia para ser revistada e é levada até a delegacia. Douglas (Enrique Diaz), o vilão do segundo episódio, aparece na trama exercendo sua profissão de policial e revela seu lado preconceituoso e corrupto. Enquanto os brancos são liberados, todos os negros da festa são contidos pelo policial.
O fato é ficcional, mas faz um retrato da realidade. Segundo dados divulgados em abril pelo Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça, quase 62% dos 622 mil presos do país são negros. O desejo de vingança, que marca todos os personagens da trama, também se faz presente no episódio. Após sete anos passados na prisão, Rose retorna à realidade com uma nova consciência.