Num ano em que a pandemia impediu a tradicional folia carnavalesca com blocos e trios elétricos nas ruas, foi preciso adaptar nossa celebração. Para curtir o Carnaval em casa neste período de distanciamento social, a Cinemateca Pernambucana selecionou 14 filmes para a Mostra Cinemateca Pernambucana Na Folia.
A programação é composta por 13 curtas e um longa-metragem que mostram as origens do Carnaval, atravessam a história do frevo e dos maracatus e apresentam alguns dos personagens emblemáticos da cultura popular pernambucana. Os filmes, todos documentários, foram produzidos entre os anos de 1970 e 2014, revelando ainda dimensões temporais e históricas do Carnaval no estado.
A produção mais antiga da mostra é Olha o Frevo (1970), de Rucker Vieira, reconhecido diretor de fotografia do curta Aruanda (1960), marco estético do cinema brasileiro que influenciou o Cinema Novo. O único longa-metragem da mostra é Sete Corações (2014), de Dea Ferraz, que reúne as histórias de vida e carnavais de sete maestros do frevo em Pernambuco.
O cineasta Fernando Spencer participa com as produções Capiba Ontem, Hoje e Sempre (1984), Santa do Maracatu (1980), Trajetória do Frevo (1988) e Evocações… Nelson Ferreira (1987), este codirigido com Flávio Rodrigues. Também estão presentes Marcelo Gomes, com Maracatu Maracatus (1995), e Sany Lafon Padua, com Olinda Só Riso (1986).
Corrida de Bonecos Gigantes de Olinda (2011), Soltos na Folia (1998), Capiba (1988), Vassourinhas (1989), Brincantes Nordestinos Carnaval (1996) e Lá Vem o Frevo (1998) são produções do coletivo Telephone Colorido e do núcleo Massangana Produções que integram a seleção de curtas carnavalescos.
A Mostra Cinemateca Pernambucana Na Folia faz parte do Carnaval de Todos os Tons, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco, que segue até 17 de fevereiro. Todos os filmes estão disponíveis para assistir online e gratuitamente no site da Cinemateca Pernambucana.