Foram dez dias intensos de filmes na Première Brasil. Entre ficções e documentários, a competição oficial assistiu a 20 longas e dez curtas. E na noite da terça-feira, dia 13, foi revelado o grande vencedor do Troféu Redentor 2015: Boi neon, de Gabriel Mascaro, que saiu com os prêmios de melhor longa de ficção, melhor roteiro, melhor direção de fotografia e melhor atriz coadjuvante (a pequena Alyne Santana). Pela terceira vez em quatro anos um longa pernambucano ganha o Festival do Rio, depois de O som ao redor (2012) e Sangue azul (2014).
O prêmio de direção foi dividido entre dois cineastas cariocas que estrearam em longas este ano: Anita Rocha da Silveira, por Mate-me por favor, e Ives Rosenfeld, por Aspirantes. E os rostos jovens se repetiram na premiação de atores: Ariclenes Barroso e Julia Bernat, de Aspirantes, ganharam ator e atriz coadjuvante (ela, empatada com Santana); Valentina Herszage, de Mate-me por favor, foi escolhida a melhor atriz; enquanto Caio Horowicz, deCalifórnia, foi o melhor ator coadjuvante.
Mas não só de novatos fez-se a premiação do Festival 2015: o mito Ruy Guerra, grande nome do nosso cinema, levou o Prêmio Especial do Júri por seu Quase memória.
O prêmio de melhor documentário ficou com Olmo e a gaivota, de Petra Costa e Lea Glob, enquanto a melhor direção em documentário ficou com Maria Augusta Ramos por Futuro junho. Na mostra Novos Rumos, o grande vencedor foiBeira-mar, dos também estreantes em longa Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, que já haviam ganhado o Prêmio Especial do Júri Felix na noite de domingo.
Entre os curtas, o escolhido na competição oficial foi Pele de pássaro, de Clara Peltier; e na Novos Rumos foi Outubro acabou, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes.
Já o prêmio do publico ficou com Nise – O coração da loucura, de Roberto Berliner (ficção), Betinho – A esperança equilibrista, de Victor Lopes (documentário), e Até a China, de Marão (curta).
Confira abaixo a lista completa de vencedores.
Première Brasil
JÚRI OFICIAL presidido por Walter Carvalho e composto por Christian Sida-Valenzuela, Alan Poul, Pape Boye e Vivian Ostrovsky.
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO – BOI NEON, de Gabriel Mascaro
MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOC – OLMO E A GAIVOTA, de Petra Costa
MELHOR CURTA-METRAGEM – PELE DE PÁSSARO, de Clara Peltier
MELHOR DIRETOR DE FICÇÃO – Ives Rosenfeld (ASPIRANTES) + Anita Rocha da Silveira (MATE-ME POR FAVOR)
MELHOR DIRETOR DE DOC – Maria Augusta Ramos (FUTURO JUNHO)
MELHOR ATRIZ – Valentina Herszage (MATE-ME POR FAVOR)
MELHOR ATOR – Ariclenes Barroso (ASPIRANTES)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Julia Bernat (ASPIRANTES) e Alyne Santana (BOI NEON)
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Caio Horowicz (CALIFÓRNIA)
MELHOR FOTOGRAFIA – Diego Garcia (BOI NEON)
MELHOR MONTAGEM – Sérgio Mekler (CAMPO GRANDE)
MELHOR ROTEIRO – Gabriel Mascaro (BOI NEON)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – QUASE MEMÓRIA, de Ruy Guerra
NOVOS RUMOS Júri presidido por Rosane Svartman e composto Diana Almeida, Karen Sztajnberg e Natália Lage
MELHOR FILME – BEIRA-MAR, de Filipe Matzembacher, Marcio Reolon
MELHOR CURTA – OUTUBRO ACABOU, de Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – JONAS, de Lô Politi
PRÊMIO FIPRESCI Júri composto por Christian Petterman, Flávia Guerra e Ricardo Cota
MELHOR LONGA LATINO-AMERICANO – TE PROMETO ANARQUIA, de Julio Hernández Cordón
JURI VOTO POPULAR:
MELHOR LONGA FICÇÃO: Nise – O Coração da Loucura, de Roberto Berliner
MELHOR LONGA DOCUMENTÁRIO: Betinho – A Esperança Equilibrista, de Victor Lopes
MELHOR CURTA: Até a China, de Marão