Com uma extensa programação e forte presença da produção cinematográfica brasileira, o 27º Festival Mix Brasil fortalece sua voz em um coro de resistência em São Paulo. A partir desta quinta-feira (14) até o dia 20 de novembro, os curtas e longas-metragens ocupam as salas do Cinesesc, Itaú Augusta 4, SPCINE Olido, Museu da Imagem e do Som (MIS), Centro Cultural São Paulo (CCSP) e do Centro Cultural da Diversidade.
A mostra competitiva do Mix Brasil deste ano bateu o recorde em números de estados representados em sua seleção. Entre os curtas e longas-metragens em competição, há produções de Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Alagoas e Rio de Janeiro. “Retrato da diversidade de identidades, de afetividades, de gêneros e das lutas da nossa população LGBTQI+, o painel da competição mostra que, no cinema e na vida, não será fácil nos derrubar”, destaca a apresentação no site.
Na Competitiva Brasil de Longas, participam dez filmes brasileiros de ficção e documentário. São eles: A Batalha de Shangri-lá, de Severino Neto e Raphael de Carvalho; A Rosa Azul de Novalis, de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro; Alice Júnior, de Gil Baroni; Eu, Um Outro, de Silvia Godinho; Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa; Mr. Leather, de Daniel Nolasco; Música Para Não Morrer de Amor, de Rafael Gomes; Seus Ossos e Seus Olhos, de Caetano Gotardo; Transamazonia, de Renata Taylor, Débora Mcdowell e Bea Morbach; Uma Garota Chamada Marina, de Candé Salles. As exibições acontecem no CineSesc e Cine Olido.
Curtas em competição
Dezesseis curtas integram a Competitiva Brasil de Curtas que se organiza em quatro programas, com sessões realizadas no MIS e CCSP. Com liberdade de experimentação, ousadia e respostas urgentes a pautas sociais, a seleção reforça a diversidade temática, estética e de contextos socioculturais com curtas que vão do interior de Minas Gerais ao cenário musical do Recife. Destaque para dois curtas de animação: Sangro e Tandem.
Os curtas-metragens em competição no Mix Brasil 2019 são: Alano, de Sílvio Leal e Henrique Oliveira; Aquele Casal, de William de Oliveira; Beat é Protesto, de Mayara Efe; Bonde, de Asaph Luccas; Casulo, de Rafael Aguiar; Depois Daquela Festa, de Caio Scot; Homens Invisíveis, de Luis Carlos de Alencar; Marie, de Leo Tabosa; Para Verônica, de Fran Lipinski; Peixe, de Yasmin Guimarães; Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira; Quebramar, de Cris Lyra; Sangro, de Thiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR; Selma Depois da Chuva, de Loli Menezes; Swinguerra, de Barbara Wagner e Benjamin de Burca; e Tandem, de Vivian Altman.
Mostras paralelas
Quatro longas-metragens brasileiros são apresentados fora da mostra competitiva na seção Vozes do Brasil Real. As produções selecionados propõem iluminar as vivências de diferentes populações invisibilizadas ou marginalizadas, “lançando um contraponto à desinformação e ao preconceito”. Serão exibidos os filmes Que Os Olhos Ruins Não Te Enxerguem, de Roberto Maty e Thabata Vecchio; Rua Guaicurus, de João Borges; Tente Entender O Que Tento Dizer, de Emília Silveira; e a ficção Um Filme de Verão, de Jô Serfaty.
As diversas mostras paralelas do Mix Brasil reúnem curtas nacionais e internacionais, entretanto, destacamos apenas as produções brasileiras. Além dos títulos destacados na lista abaixo, Dominque, de Tatiana Issa e Guto Barra, abrirá a sessão do longa Fabulous, de Audrey Jean-Baptiste, da Guiana Francesa.
- ARQUIVO Z: Ilhas de calor, de Ulisses Arthur;
- CAMINHOS DO AFETO: A Mulher Que Não Sabia de Si, de Daniela Smith; Abraço, de Matheus Murucci; Colômbia, de Manuela Andrade; Infinito Enquanto Dure, de Akira Kamiki; Sui Generis, de Roberto Nascimento;
- CORPOS ARDENTES: Adoración, Adoración, Adoración, de Tarcisio Boquady; O Bando Sagrado; de Breno Baptista; Pele Digital, de Marcelo D’Avilla e Marcelo Denny;
- DYSTOPYA BRAZIL: A Felicidade Delas, de Carol Rodrigues; Antes Que Seja Tarde, de Leandro Goddinho; DragNostra, de PV Vidotti; Etruska Waters em: O Tombamento da Republiqueta, de Thiago Bezerra Benites; O Procedimento, de Ed Andrade e Larissa Bertolini; Purgatório, de Gabriel Manso;
- EM FAMÍLIA: Volta Seca, de Roberto Veiga;
- GAROTAS NO FRONT: Dublê, de Fernanda Reis;
- OUÇA MINHA VOZ: Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva; Marielle e Monica, de Fábio Erdos; Minha História é Outra, de Mariana Campos;
- VIDA É PERFORMANCE: Ela Só Quer Ser Maria, de Victor Vinícius; O Fervo, de Adriana Couto;
- YOUNG LOVE: Looping, de Maick Hannder; Os Últimos Românticos, de João Cândido Zacharias; Revoada, de Victor Costa Lopes.
A programação completa, com horários e locais de exibição de todos os filmes, está disponível no site do festival.