Quem nasceu nos anos 1980 talvez tenha sido um dos que passavam o ano aguardando pelo grande momento: a estreia de um novo filme dos Trapalhões. É fácil lembrar-se de Didi Mocó, Dedé Santana, Mussum e Zacarias protagonizando um período de ouro do cinema brasileiro. Entre 1965 e 2008, os Trapalhões fizeram nada menos do que 47 filmes e até hoje são relembrados por seu humor e também por suas produções “trash”, dramáticas e politizadas para as telonas e telinhas.

Para relembrar ou descobrir quem foram os Trapalhões dos anos 1980, aqui vai uma seleção de 7 grandes filmes dessa turma:

7. Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, 1978

Foto: Cinemateca
Foto: Cinemateca

Sabe quando a história dos Trapalhões começou? Pois bem, foi exatamente aqui: em uma sátira trash de Star Wars! Os Trapalhões na Guerra dos Planetas foi o primeiro filme em que Didi, Dedé, Mussum e Zacarias trabalharam juntos e deram ao público a introdução do que ainda estava por vir. A direção é de Adriano Stuart.

6. Os Trapalhões no Rabo do Cometa, 1985

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Outro filme de grande importância histórica para os Trapalhões, dirigido por Dedé Santana. Ele marca a comemoração dos 20 anos do grupo e, por isso, capricha na originalidade. O longa mescla partes em live-action e também em animação, produzidas pelo Estúdio Maurício de Souza. Mas, o mais legal de tudo é que, ao tempo que diverte, Os Trapalhões no Rabo do Cometa também ensina. O grupo faz um passeio pela História da humanidade, da Pré-História, passando pela Antiguidade Clássica, até chegar aos tempos modernos. 

5. A Filha dos Trapalhões, 1984

Foto: Cinemateca
Foto: Cinemateca

Inspirada no filme O Garoto, de Charles Chaplin, o longa é o que melhor concilia humor e drama. Dirigida por Dedé Santana, a história se passa em uma humilde casa, onde viviam os Trapalhões. Um dia, encontram um bebê e decidiram começar a criar a garotinha. Mas, só quando vão trabalhar em um circo, é que descobrem a verdadeira (e emocionante) história de sua filha. Quem faz uma ponta de participação no filme é Ronnie Von, cantor, compositor, piloto de avião, botânico, publicitário, sommelier, apresentador de televisão e escritor brasileiro (informações retiradas de uma confiável fonte: o Wikipédia).

4. Os Trapalhões no Auto da Compadecida, 1987

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O que acontece quando se junta a obra de um dos maiores dramaturgos brasileiros com o maior grupo humorístico da história do audiovisual? A peça teatral Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foi inspiração para a paródia dos Trapalhões. É imperdível ver Didi como João Grilo e Mussum como Jesus. A direção é de Roberto Farias.

3. Os Fantasmas Trapalhões, 1987

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Se quer conhecer o lado mais irreverente do cinema brasileiro, aposte em Os Fantasmas Trapalhões. No longa, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias presenciam um perseguição de carros e socorrem um homem chamado Giovanni. O que não esperavam é que toda a história envolvesse um roubo a um banco italiano e uma recompensa de 5 milhões para quem conseguisse resgatar a fortuna. Quem ajuda o quarteto é o delegado Augusto, interpretado por Gugu Liberato (pasmem!). Ah, e só mais uma observação: atenção para a peruca de Zacarias, que muda de cor cada vez que se depara com um fantasma. O responsável pela direção é J.B. Tanko.

2. Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, 1984

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Dificilmente quem assiste ao Mágico de Oz, clássico musical do cinema norte-americano dos anos 30, não se apaixona. E quer saber o que O Mágico de Oróz tem de apaixonante? Músicas emocionantes, crítica social e humor inteligente. “Vamos todos pensar firme, vamos todos pensar forte, pra cair um pingo d’água e mudar a nossa sorte”: quando Didi nos faz acreditar que podemos nos tornar pessoas melhores e, assim, mudar o rumo da nossa história. Victor Lustosa e Dedé Santana são os diretores do longa. 

1. Os Saltimbancos Trapalhões, 1981

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Por fim, o maior sucesso e talvez o melhor filme desta lista. Isso é justificado não apenas por sua carga de diversão, mas também por seu conteúdo. O filme resgata e adapta para o cinema todo o bom humor e a poesia do clássico do teatro italiano Os Saltimbancos, de Sérgio Bardotti e Luis Enriquez Bacalov — e inspirada no conto Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm.

Quem faz a tradução da trilha sonora original é Chico Buarque de Hollanda. Já escutou ele cantando “uma pirueta, duas piruetas: bravo! bravo!”? Se sim (e, se não ouviu ainda, não deixe para depois), fique sabendo que foi para esse filme que gravou a música. Além de Pirueta, clássicos como Hollywood, Meu Caro Barão e História de Uma Gata estão na trilha sonora.

E ainda tem mais: prepare-se para assistir a uma bela história, com humor crítico e político. O filme retrata a luta de classes, entre a explorada classe de trabalhadores do circo contra o autoritário barão, proprietário do negócio. O filme foi lançado no final de 1981, ano que marcava os fins da ditadura militar no Brasil, e trazia um refrão ousado: “Alô, liberdade!” — anunciando a chegada de novos tempos. J. B. Tanko assina a direção do filme. 

Depois da adaptação para os teatros brasileiros em 2014, pelas mãos da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, Os Saltimbancos Trapalhões também vai ganhar um remake para os cinemas! O lançamento está previsto para acontecer em 2017 e contará com a direção de João Daniel Tikhomiroff; roteiro e direção musical de Möeller e Botelho. Ainda não se sabe muito sobre o elenco, mas quem vai estrelar a produção é Renato Aragão, ao lado de Dedé Santana, Marcos Frota e Alinne Moraes.

Confira abaixo o trailer da adaptação musical para os palcos: